CASA PÓS – PANDEMIA

A pandemia veio mudar a “casa portuguesa”, com a necessidade de ter um espaço exterior privado e uma área reservada para trabalho a emergirem como duas grandes prioridades no pós-confinamento, quer na procura de uma nova casa quer nos ajustes da casa atual, conclui o inquérito “Nova vida, Nova casa?” realizado pela JLL, este survey pretendeu aferir sobre o impacto da pandemia nas necessidades habitacionais dos portugueses e desvendar as novas preocupações que surgiram desta experiência.

Realizado junto de cerca de 1.400 inquiridos, o estudo conclui que 49% dos portugueses faria ajustes na sua casa devido à pandemia, sendo a criação de um espaço de trabalho (51%) e a modernização do espaço exterior (34%) as duas principais alterações, destacando-se ainda a intenção de redecorar a casa (33%).

Conclui-se também que 43% dos inquiridos mudaria de casa como consequência do confinamento, quando antes da pandemia apenas 19% estava à procura de uma nova habitação. Neste processo de procurar uma nova casa, a possibilidade de ter um espaço exterior privado foi o fator que ganhou maior relevo no pós-Covid, passando no grau de “muito importante” de cerca de 38% para 60% (+22 pontos percentuais). Quem vive num apartamento foi quem mais passou a valorizar este fator (aumento de 23 pp), destacando-se os inquiridos que vivem com parceiro/a e filhos.

O estudo nota que há uma maior valorização dos espaços ao ar livre em geral, com as áreas exteriores de uso comum como piscina ou ginásio do condomínio a ganharem também relevância, uma tendência que se prende como facto de “emergir uma clara preocupação com as questões relacionadas com o bem-estar e lazer, em contraponto ao pré-covid, quando os critérios de procura de casa eram mais marcados por uma perspetiva utilitarista e quotidiana”, explica Maria Empis.

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